25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

STF vai às redes sociais contra Bolsonaro: ‘Mentira repetida mil vezes não vira verdade’

Negacionista, presidente insiste que a culpa pelas mortes na pandemia são dos governadores e prefeitos

Após meses de mentira sem fundamento, com o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores replicando que o Supremo Tribunal Federal “proibiu o governo federal de agir na pandemia”, o próprio STF resolveu agir no principal terreno do presidente com uma campanha nas redes sociais: ‘Mentira repetida mil vezes não vira verdade’

Precisando ter que desenhar, o perfil da corte esclareceu mais uma vez que estabeleceu que o Executivo federal, estadual e municipal deveriam atuar em conjunto nas ações para conter a transmissão do coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro, negacionista que dificultou compra de vacinas e acha usar máscara “coisa de viado“, desde o início tirou o corpo fora da responsabilidade e insiste que a culpa pelas mortes são dos governadores e prefeitos.

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E o discurso é recente: no sábado passado, o presidente disse a apoiadores que se ele estivesse “coordenando a pandemia, não teria morrido tanta gente”. Claro, assim como com tudo o que o presidente fala, ele coordenando as ações seria um desastre.

“Se eu estivesse coordenando a pandemia, não teria morrido tanta gente. Eu pergunto pra vocês, qual país do mundo faz acompanhamento de quem tomou vacina? Tem gente que está sofrendo efeito colateral, e o que está acontecendo? A Coronavac ainda é experimental e tem gente que quer tornar obrigatória. Como tem juízes do trabalho que estão aceitando demissão justa causa de quem não quer tomar vacina. Eu falei no ano passado: ‘no que depender de mim a vacina é facultativa’. Me acusam de negacionista”. Jair Bolsonaro, presidente.

A falta de uma coordenação feita pelo governo federal e o incentivo do presidente no uso de medicamentos sem eficácia comprovada para a doença estão justamente entre as principais vertentes de investigação da CPI da Pandemia no Senado.