O investimento que o Banco do Brasil faz em propagandas fake news, em sites alinhados ao governo, é tão grave quanto os crimes que levaram à prisão o ex-diretor de Marketing da instituição, Henrique Pizozolato, no governo do PT, que foi preso por direcionar recursos para o mensalão.
A manifestação é do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), na medida cautelar que obriga o BB a suspender as propagandas falsas
O ministro declarou que esta é a segunda vez, em menos de 30 dias, que o TCU é obrigado a tomar decisões relativas às campanhas publicitárias do Banco do Brasil em sites que disseminam notícias falsas.
As chamadas fake news são divulgadas com o aval de Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente Jair Bolsonaro, e da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Bruno Dantas diz que “é gravíssima, em si, a perspectiva de o acionista controlador – a União – determinar gastos publicitários de uma sociedade de economia mista que possui ações comercializadas em bolsa de valores, acionistas minoritários, regras de governança corporativa e deve estar sujeita a uma disciplina rígida de regulação do mercado de capitais”.