29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

TJAL já oficializou 141 casamentos virtuais em cartório de Maceió

Juiz Wlademir Paes acredita que a modalidade deve permanecer como uma ferramenta mesmo no período pós pandemia

O sonho do casamento não precisou ser adiado para muitos casais mesmo no período de quarentena. Somente em um dos cartórios da capital foram realizados 141 casamentos virtuais.

Nesta segunda-feira (20), a repórter Mara Almeida bateu um papo, em mais uma live no Instagram, com o juiz Wlademir Paes, a oficial de registro civil Rosinete Remígio e o casal Luiz Cristiano e Lays Pollyane sobre as experiências sobre casamento virtual durante a pandemia do novo coronavírus.

Para juiz Wlademir Paes, essa modalidade de casamento permanecerá acontecendo mesmo após o fim da pandemia já que tem trazido mais praticidade e comodidade para quem tem dificuldade de mobilidade, evita esperas no fórum e deixa os noivos mais a vontade, por exemplo.

“Antes da pandemia, já realizei muitos casamentos em casa e em hospitais quando havia dificuldade de deslocamento. O casamento virtual não vai excluir o presencial, vai funcionar como uma ferramenta a mais”.

Magistrado Wlademir Paes contou à repórter Mara Almeida como tem sido as experiências com os casamentos virtuais.

Ele tem agendado 11 casamentos para realizar na próxima sexta-feira (24). O magistrado também explicou que os procedimentos para a realização da cerimônia continuam as mesmas, que a diferença fica apenas na celebração virtual e que os noivos precisarão passar depois nos cartórios para assinar a documentação e receber a certidão de casamento.

“O momento mais importante do casamento é a manifestação da vontade. O juiz tem que está certo de que aquela parte está casando de livre e espontânea vontade. Isso é uma formalidade da lei, o casamento se realiza no momento da manifestação da vontade”. Wlademir Paes.

A oficial de registro civil, Rosinete Remígio, acredita que a utilização da tecnologia para realizar os casamentos permanecerá acontecendo no futuro pelas facilidades que traz para todos e, atualmente, a oficial de registro civil classifica a medida como de extrema importância para proteger as pessoas da contaminação do novo coronavírus.

“Estou fazendo todos os casamentos virtuais. Aqui é cartório de registro civil, também fazemos registros de óbitos e chegam muitos casos de morte por coronavírus. Nós não sabemos se a pessoa que vem trazer o atestado de óbito teve contato com o vírus ou se o próprio papel da declaração de óbito está contaminado, então a gente prefere fazer o casamento 100% virtual para não expor essas pessoas que vão casar”. Rosinete Remígio, oficial de registro civil.