20 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Tocando o terror: mulher presa por bater panela e cozinheiro preso por reclamar

Pode ser coincidência, mas faz sentido a inspiração no regime do “Duce”

Mussolini, o “Duce” e seus apoiadores passeando de moto na Itália do fascismo

Em dia de passeio de moto de Jair Bolsonaro e apoiadores pelas ruas de Porto Alegre uma mulher, com mais de 40 anos, fez seu protesto batendo panela. Ela não sabia que agora é proibido se manifestar contra o rei.

Resultado: Foi presa como uma terrorista que estava ameaçando as vidas dos motoqueiros com uma arma pra lá de mortal: uma panela.

Não foi outro o destino de um cozinheiro que, pelo Facebook,  reclamou que iria cozinhar para o motoqueiro mor. Eduardo Lazzari, o cozinheiro, trabalhava no  Hotel Spa do Vinho, em Bento Gonçalves (RS). A Polícia Federal o prendeu.

No Face, antes da prisão, ele reclamou: “Vou ter que cozinhar para este diabo ainda, que raiva”.

Não imaginava o cozinheiro, que o rei não aceita quem se posicione contra ele. O rei quer flores, gritos de urras, vivas e mimos de todos e não apenas de quem o cerca. Do contrário, manda os vigias…

Ou seja, quem não se enquadrar sofre as consequências. Mesmo os descontentes que perderam pais, mães, filhos, filhas, maridos e esposas nesta pandemia infernal, devido as omissões e chiliques do rei contra a vacinação e a prevenção natural recomendada pela ciência. O rei não ligou, zombou e zomba de tudo.

“Teje preso seu cabra”!

Essa é a versão nordestina das ordens de  prisões efetuadas pela SS contra quem não comungava com a cartilha de Hitler, nos anos 40, na Alemanha. Com o agravante que lá, se fosse judeu, iria direto para os campos de concentração e em seguida levados para as câmaras de gás, em Auschwitz.

Aqui não é o caso, mas a cultura autoritária de prender quem não é a favor parece seguir esse princípio. Pelo menos no Rio Grande do Sul.  Nada pode ser dito contra o “mito”.

Nos anos 30, na Itália, tinha o “Duce”, ou o comandante Benito Mussolini, que adorava andar de motocicleta com sua trupe sob os aplausos dos apoiadores, divulgando a filosofia do fascismo pelo País.

E ai de quem não aplaudisse. Afinal, o fascismo defendia a total concentração de poder nas mãos do seu líder e usava a violência contra quem tivesse divergência.

Ou seja, as chamadas “motociatas” de hoje têm uma inspiração e tanto.

Sobretudo, para muita gente que cultua o ” Duce lá, Mito cá”.