O ano de 2024 não terminou, mas já está certo de que ele substituirá 2023 como o mais quente do mundo desde o início dos registros, disse o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia nesta quinta-feira (7).
Os dados foram divulgados antes da cúpula climática da ONU COP29, a ser realizada na próxima semana no Azerbaijão, onde os países tentarão chegar a acordo sobre um grande aumento no financiamento para combater as mudanças climáticas.
A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos reduziu as expectativas para as negociações.
O C3S informou que, de janeiro a outubro, a temperatura média global foi tão alta que 2024 certamente será o ano mais quente do mundo – a menos que a anomalia de temperatura no restante do ano caia para quase zero.
Os cientistas disseram ainda que 2024 também será o primeiro ano em que o planeta estará mais de 1,5ºC mais quente do que no período pré-industrial de 1850-1900, quando os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em escala industrial.
As emissões de dióxido de carbono provenientes da queima de carvão, petróleo e gás são a principal causa do aquecimento global.
No Acordo de Paris de 2015, os países concordaram em tentar impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5°C, para evitar as piores consequências.
O mundo ainda não ultrapassou essa meta – que se refere a uma temperatura média global de 1,5ºC ao longo de décadas – mas o Serviço Copernicus agora prevê que o mundo ultrapasse a meta de Paris por volta de 2030.
Os registros do C3S datam de 1940 e são cruzados com os registros de temperatura global que remontam a 1850.