O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retornou ao Twitter, após mais de dois anos de hiato na rede social, pouco após ter sido fichado na Geórgia pelo caso de tentativa de fraude nas eleições de 2020.
A conta do republicano havia sido suspensa após o ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, e posteriormente restaurada pelo dono da rede social, Elon Musk, em novembro passado.
Curiosamente, na primeira postagem de seu retorno, o ídolo de Jair Bolsonaro postou uma imagem dele sendo fichado pela Justiça exatamente por ter tentado um Golpe de Estado e ignorar o resultado das urnas. O democrata Joe Biden foi vencedor e hoje é o presidente dos EUA.
Trump postou uma imagem de sua “mugshot” (fotografia de réu) na prisão, com os dizeres “interferência eleitoral” e “nunca se renda!”, além do endereço para seu site. Em menos de uma hora, a postagem já colecionava mais de 280 mil curtidas e 35 mil comentários.
A última postagem do rosto da extrema-direita mundial foi em 8 de janeiro de 2021, dois dias após a invasão da sede do Legislativo americano. Ele dizia que não participaria da cerimônia de posse do presidente Joe Biden.
No mesmo dia, o Twitter suspendeu a conta de Trump, que tinha 88,7 milhões de seguidores, alegando glorificação de violência e instigação ao ataque ao Capitólio. Antes do bloqueio definitivo, Trump já havia sido suspenso temporariamente, por um período de 12 horas, por postar conteúdo de incitação à violência.
Justiça
Além da fiança fixada em US$ 200 mil (R$ 1 milhão), uma das condições do acordo para responder pelas acusações em liberdade, estabelecido na segunda-feira, era que Trump não utilizasse as redes sociais para intimidar os outros 18 réus acusados no processo, além de testemunhas, promotores e juízes.
Trump, que é o principal nome do Partido Republicano na corrida para a Casa Branca em 2024, nega qualquer irregularidade e tem criticado o caso publicamente, chamando o processo de “fraude” e “caça às bruxas” para atrapalhá-lo na campanha eleitoral.