À beira mar da Ponta Verde um monstrengo de concreto, que atende pelo nome de Alagoas Iate Clube (Alagoinhas) mancha a paisagem e não há ação nenhuma do poder público para reparar a situação, que poderia ter sido resolvida já há bastante tempo se houvesse seriedade e verdade nas falas de gestores públicos da administração passada. Primeiro alardeou-se que seria um oceanário. Isso foi propagado às véspera de campanhas eleitorais, quando foram apresentadas maquetes e mensagens de apoio que logo ganharam generosos espaços na mídia. Passado o período eleitoral, logo tudo foi esquecido.
O certo é que o monstrengo em ruínas está à beira mar e serve atualmente como recanto para reunião de drogaditos embaixo e em cima dele, apesar da proximidade com um posto policial da Oplit que fica na mesma área litorânea. Portanto não é só a beleza da paisagem que está em questão, mas o drama social em um ambiente que poderia está livre da estrutura ultrapassada. O pior é que ninguém assume a responsabilidade pelo problema.
No governo de Teotônio Vilela (PSDB) propagou-se quase que infinitamente que no local seria construído um Marco Referencial que abrigaria um extraordinário ponto turístico da cidade. A obra seria tocada pela Secretaria Estadual de Infraestrutura. História de trancoso foi o que se viu muito antes de o governo terminar.
Na época em que o governo anunciou seu megaprojeto para substituir o Alagoinhas, o engenheiro e ambientalista, Carlito Lima, se manifestou contra a ideia. Disse ser contra o projeto que o governo do estado pretendia erguer mais uma construção no lugar do antigo Alagoinha. “No passado nós não tínhamos a consciência ambiental que temos hoje e agora eu sou contra tudo o que cobre a vista do mar. O que Maceió tem mais lindo e valioso é a cor do mar, por mim eu derrubaria tudo o que impede essa vista maravilhosa”, declarou.
Hoje a Secretaria de Turismo do governo Renan Filho (PMDB) se mobiliza para construir um novo projeto no local. Será, portanto, mais uma estrutura física a cobrir a vista da beleza natural que é o mar de Maceió.
É Um absurdo o Alagoinhas ali ainda, sujando a beleza do lugar. Tem que haver uma solução!