24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Vacina é tida como segura e Doria quer aplicação em dezembro

Imunizante chinês teve efeito colateral leve só em 5,3% de 50 mil voluntários

A Coronavac, imunizante contra a Covid-19 criado pela chinesa Sinovac e que será produzida em conjunto no Brasil pelo Instituto Butantan, se mostrou segura em seu teste da chamada fase 3 em 50 mil voluntários na China.​​

Os dados foram apresentados nesta quarta (23) pelo governador João Doria (PSDB), o diretor do Butantan, Dimas Covas, e um representantes da farmacêutica chinesa.

Já os resultados sobre a eficácia, que nas fases anteriores foram considerados satisfatórios, devem estar prontos em novembro. Se esse cronograma se mantiver sem percalços, a expectativa no governo paulista é de uma liberação para vacinação na segunda quinzena de dezembro.

Segundo o estudo chinês, houve apenas 5,36% de efeitos colaterais nos participantes do ensaio, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Os restantes tiveram perda de apetite, dor de cabeça e febre.

Vacinação

A Sinovac testa seu imunizante em 10 países, e foi aprovada para vacinação emergencial no seu país de origem. No Brasil, 5.600 dos 9.000 voluntários em 12 centros de pesquisa de cinco estados e do Distrito Federal já receberam ao menos uma dose da vacina.

Um lote de 5 milhões de vacinas chegará da China em outubro. Até dezembro, haverá 6 milhões de doses importadas prontas e outras 40 milhões formuladas a partir de insumos chineses no Butantan, o que cobre toda a população paulista.

“Teremos 60 milhões de doses até 28 de fevereiro, mais que suficiente. Vamos vacinar os brasileiros de São Paulo e, espero, os brasileiros de todo o Brasil”. João Doria, governador de São Paulo.

Esse volume, disse Covas, será atingido porque foi negociado o adiantamento de 15 milhões das 55 milhões de doses que a Sinovac irá fornecer até maio de 2021.