16 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Vereador Delegado Fábio Costa protocola no MPE/AL denúncias contra Máfia da Metralha

Documentação aponta crimes contra a administração pública e o meio ambiente durante a gestão Rui Palmeira

O vereador Delegado Fábio Costa (PSB) protocolou, na manhã desta quinta-feira (4), todas as denúncias que comprovam uma série de irregularidades que teriam gerado um prejuízo de milhões de reais para o município.

De acordo com o vereador, o esquema envolvia a Associação dos Transportadores de Resíduos de Alagoas (ATRAL) e a Aliança, empresa que administraria a Usina de reciclagem de Resíduos da construção civil, fruto de um acordo formal entre a prefeitura e a associação.

O esquema, que ele chama de Máfia da Metralha, também provocou incalculáveis danos ao meio ambiente, potencialmente causando sérios danos à saúde da população da capital entre os anos de 2014 e 2020, época da gestão do ex-prefeito Rui Palmeira.

Segundo o vereador Fábio Costa, chegou a hora de responsabilizar as pessoas que, há sete anos, se aproveitaram de um esquema fraudulento para causar um dano milionário aos cofres públicos.

“Ontem, protocolamos as denúncias no Ministério Público Federal. Na manhã de hoje, fizemos o mesmo no Ministério Público Estadual. Entregamos toda a documentação que fundamentou às denúncias contra a esta Máfia da Metralha que impera em nossa capital nos últimos sete anos”. Vereador Delegado Fábio Costa.

Máfia da Metralha

O esquema que envolve a Máfia da Metralha, relaciona a Associação dos Transportadores de Resíduos de Alagoas (ATRAL) e a Aliança, empresa que administra a usina de reciclagem de resíduos da construção civil, fruto de um termo entre a prefeitura e associação.

É importante destacar que o Município contava com aterro sanitário de Maceió que já realizava essa atividade, não se justificando a celebração do termo de permissão da usina de trituração de entulhos. Toda essa situação é agravada por que a usina funcionava dentro de uma Área de Proteção Ambiental, mais conhecida como APA do Catolé.

No contrato firmado entre prefeitura e a ATRAL, ficou estabelecido que a operacionalização da usina de entulho ficaria a cargo da empresa Aliança, supostamente a única empresa com capacidade técnica e expertise para operar a usina.

“Infelizmente, o que constatamos é que tanto o erário público como o meio ambiente foram seriamente lesados neste esquema. Não podemos permitir que quem praticou essas irregularidades e possíveis crimes fiquem impunes. E a população de Maceió pode ter certeza, se chegar ao meu conhecimento de outras máfias, iremos denunciar”. Vereador Delegado Fábio Costa.