Vídeo: Influencer bolsonarista negro descobre racismo e agora teme extrema-direita

Desapontado com preconceito dos aliados, Raiam Santos, que já foi imigrante ilegal, concluiu que deveria ser de esquerda

Nos Estados Unidos, a expressão “leopardos morderam minha cara” é dita sempre que alguém, depois de andar ao lado e defender os ideais de quem não devia, acaba sendo atingido por seus então aliados. O influencer bolsonarista Raiam Santos passou a engrossar o time dos que foi mordido por quem menos esperava: a extrema-direita.

Negro, Raiam desabafou em vídeo que divulgou nas redes sociais. Afirmando que apesar de usar um relógio de R$ 200 mil reais, ternos caro, fazer vendas milionárias e ter milhões de seguidores, ele descobriu que integrantes da extrema-direita só notam a cor de sua pele. De forma racista. E que por isso, deveria passar a ser de esquerda.

“Leopardos morderam minha cara”.

Antes disso, ele já havia viralizado por dizer que está com medo da extrema-direita na Europa, onde vive atualmente.

Hostilizado, Raiam é bolsonarista raiz se aproximou do filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, colecionando polêmicas na internet. Em 2020, ele atacou nordestinos e disse que a região só serve pelas “praias” e “para votar na esquerda”. Seu Instagram acabou sendo derrubado.

Em maio, inventou de afirmar que  a skatista Rayssa Leal, de 16 anos, “já virou mulher”. Ele acabou sendo acusado de estar sexualizando a medalhista olímpica.

Recentemente, ele foi alvo de um processo do influenciador Thiago Nigro, o “Primo Rico”, e teve que pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais após chamá-lo de “pinto pequeno”.

De imigrante ilegal a milionário

Considerado um dos gurus do mundo digital, ele é escritor de best-sellers e formado na Ivy League, liga de faculdades tradicionais dos Estados Unidos.

Nascido na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, ele se mudou para San Diego, na Califórnia, aos quinze anos. Ele se tornou imigrante ilegal e se formou no país, recebendo uma bolsa de estudos de US$ 200 mil para estudar na Wharton Business School, escola de negócios da University of Pennsylvania.

Aos 18 anos, começou a operar na bolsa de valores de Nova York e perdeu todo seu investimento, voltando ao Brasil para morar com os avós no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Sete anos depois, escreveu o livro “Hackeando Tudo” e se tornou nômade digital, passando a ganhar dinheiro com seu blog, venda de livros e cursos online.

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