Com aliados bolsonaristas completamente enrolados com a Polícia Federal, inclusive o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já gritou “internação” e de forma conveniente correu pro hospital para fazer uma série de exames “relacionados ao atentado”, o senador Magno Malta resolveu chamar um grupo de senadores conservadores para mudar o foco da imprensa e opinião pública.
Claro, mentindo, apropriando-se da religião e acusando rivais de serem “comunistas”. A cretinice de sempre.
Ao lado de parlamentares conservadores, Malta, que de forma absurda é vice-presidente na CPMI dos atos antidemocráticos, apesar dele estar em vídeo convocando bolsonaristas para uma espécie de insurgência no dia 8 de janeiro (e que resultou na invasão e quebra-quebra investigada pela CPMI), resolveu dizer que Lula nunca sancionou a Lei da Liberdade Religiosa.
Mentira cretina, deslavada e digna de quebra de decoro parlamentar.
Malta, mentiroso, estava lá no dia da assinatura, rindo diante do presidente Lula em 2003.
O pior é que o discurso do senador cola. Primeiro porque é senador (e do mesmo estado que Marcos do Val) e segundo porque muitos ainda insistem em não fazer contraponto. Preferem “ignorar” as falas para impedir que “fure a bolha”, ignorando que sem correção, os fieis cegos acreditaram nas besteiras.
E não é pra chamar de “fake news” só não. É mentira deslavada mesmo, vista de perto como gente como o Marcos Feliciano, Eduardo Bolsonaro e Nicole Ferreira.
Pra constar: a reunião foi contra a resolução 715 do Conselho Nacional de Saúde, que versa sobre a hormonização de adolescentes a partir de 14 anos, incorporação de religiões de matriz africana ao apoiamento do SUS, legalização do aborto e da maconha como meio de ampliação das políticas sociais e transferência de renda.
Malta se exaltou principalmente ao falar de aborto e se irritou com o “ativismo comunista” do atual governo. Como Magno Malta não se lembra do que está gravado em 2003, é bom sempre lembrar ao bolsonarista que as afirmações dele são puras projeções. E que ao falar de aborto, antes de tudo, deveria se dirigir ao seu amigo Bolsonaro.