Márcio Antonio do Nascimento Silva, cujo filho de 25 anos morreu em decorrência da Covid, foi um dos familiares que perderam parentes a dar seu testemunho de luto provocado por esta pandemia. E, mais uma vez, evidenciou o quanto o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores estão errados.
Márcio ficou conhecido por recolocar cruzes que foram derrubadas durante manifestação na praia de Copacabana em homenagem às vítimas da pandemia. Emocionado, ele relatou à CPI os últimos momentos com o filho de 25 anos, morto em março de 2020.
“Três dias depois de enterrar meu filho, eu ouvi aquela fatídica frase: ‘E daí?’. Isso me gerou muita raiva, muito ódio, me fez muito mal”. Márcio Antonio.
Ainda longe de aceitar o que aconteceu, Márcio Antonio também questionou a relevância do negacionismo das pessoas que insistem em lutar contra as máscaras e vacinas – pessoas como o próprio presidente Jair Bolsonaro.
“Eu quero que alguém me faça entender por que lutar contra a máscara, contra a vacina? Eu quero entender. Eu daria tudo para que meu filho tivesse essa chance. Daria tudo para que meu filho tivesse se vacinado”. Márcio Antonio.
A agenda da CPI previa que, além da audiência pública, fosse realizada uma segunda oitiva com representantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
Mas em razão da discordância dos senadores do grupo majoritário que comanda os trabalhos, os parlamentares optaram por adiar a votação do texto, que agora deve ocorrer em 26 de outubro. O fim da CPI da Covid foi, portanto, adiado novamente.