Rival ferrenho da Rede Globo, o presidente Jair Bolsonaro e seu governo apelam novamente à emissora carioca para divulgar suas ações. Eleiyo com a promessa do “fim da mamata na globolixo”, o Planalto agora gasta mais o canal xingado pelos bolsonaristas do que a Record, pela primeira vez nestes quatro anos de governo.
De 1º de janeiro a 21 de junho do ano passado, a Globo recebeu R$ 6,5 milhões em valores líquidos pagos por materiais publicitários de televisão veiculados em âmbito nacional e regional. Já em 2022, no mesmo período, observa-se aumento de 75% (R$ 11,4 milhões).
Com isso, o valor investido em publicidade na Globo (R$ 11,4 milhões) em 2022 representa 41% do montante total destinado à compra de espaço publicitário na emissora (R$ 27,5 milhões) em quatro anos de mandato — considerando o mesmo período para cada ano do governo Bolsonaro, 1º de janeiro a 21 de junho.
Quem diria que depois de tanto ódio, a eleição faria com que Bolsonaro retornasse para Globo para tentar vencer as eleições novamente. Como diria Chaves, que também saiu do SBT para o Grupo Globo, “volta o cão arrependido, com suas orelhas tão fartas, com seu osso roído, e com o rabo entre as patas”.
A Record, por outro lado, manteve-se estável R$ 9 milhões no ano passado, R$ 9.8 milhões neste ano. Os dados são da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pelas contratações na área de publicidade e propaganda do governo.