O fim das torcidas organizadas em Alagoas é uma necessidade, e já vem sendo discutida há anos. Mas nada é feito neste sentido. A questão só volta a ser lembrada em momentos de crise, como essa que marca o encerramento do Campeonato Alagoas 2016. Depois, é esquecida e tudo volta ao normal. Até a próxima final!
Uma rápida pesquisa na internet mostra os episódios de intolerância e violência que marcam o nosso futebol. São vários os registros de assassinatos, espancamento, uso de drogas e outros crimes.
Não é tão difícil acabar com essa violência. Basta, como está afirmando o governador Renan Filho, acabar com as torcidas organizadas. Mas acabar mesmo, extinguir judicialmente. Foi assim na Inglaterra, onde os temíveis hooligans tocavam o terror no estádios europeus.
Num dos episódios de maior violência, 38 pessoas morreram num confronto provocado por eles no Estádio do Heysel, na Bélgica, durante a final da Taça dos Campeões Europeus de 1985.
O jogo entre o Liverpool da Inglaterra e a Juventus da Itália acabou em tragédia. Além das mortes, o números de feridos sequer foi determinado.
Por causa dos holligans todas as equipes inglesas foram proibidas por cinco anos de participar de competições na Europa. E aí eles foram extintos e a paz voltou a reinar.
A partir desse exemplo, vale perguntar:
Por que não assegurar o mínimo de civilidade ao futebol alagoano?
Mais, por que o Termo de Audiência e de Compromisso firmado entre Ministério Público, representantes do CRB, CSA e Federação Alagoana de Futebol, que estabeleceu o jogo de torcida única não valeu para esta final?
Por enquanto as autoridades alagoanas estão brincando de encontrar um culpado para a selvageria do domingo! E os inconsequentes que formam as torcidas Comando Vermelho (CRB) e Mancha Azul (CSA) seguem tranquilos. Sabem que, até o próximo campeonato, tudo será esquecido.
Punossinhora!