O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) identificou que a capital alagoana é a primeira cidade brasileira a alcançar e ultrapassar a redução de mortes no trânsito em 50%. A meta, estabelecida pela Organização de Nações Unidas (ONU) na Década de Ações para a Segurança no Trânsito (2011-2020), foi atingida com quatro anos de antecedência em Alagoas.
A equipe de técnicos responsáveis pelo estudo obteve o resultado de 74,5% na redução de mortos, através de dados fornecidos pelo Instituto Médico Legal (IML), que apresenta, conforme o gráfico, o número de vítimas fatais registradas nos últimos seis anos.
Pode-se observar que nos últimos três anos o índice foi reduzindo cada vez mais. Em 2015, foram registradas 115 mortes, em 2016 foram registradas 91 e em 2017 o gráfico aponta 70 óbitos por acidentes de trânsito.
O número de atendimentos a vítimas de acidentes também caiu consideravelmente a partir de 2012 (ano de implantação da Lei Seca em Maceió). O ano de 2017 registrou um número de 32% mais baixo em relação a 2012 e ao longo desse tempo, soma-se mais de 1.600 vítimas contabilizadas a menos em relação ao que representaria a tendência de manutenção ou aumento do número se nenhuma ação tivesse sido promovida.
Lei Seca
A implantação da operação Lei Seca, em junho de 2012 em Alagoas, tem sido responsável por combater um dos principais fatores de risco para acidentes e lesões no trânsito: a associação do consumo de álcool com a condução de veículos automotores.
Nesses seis anos de atuação, a Lei Seca foi fundamental para a mudança de comportamento nas pessoas que passaram a perceber a vigilância do poder público e a desenvolver a noção de que não se deve beber e dirigir, seja pelo medo da multa e de responder por um crime de trânsito, ou seja por uma conscientização legítima acerca do tema.
Em 2013, a cada 11 testes de etilômetro realizados em 1 era constatada a embriaguez ao volante. Em 2017 essa proporção subiu para 19.