
Mais um descaso na Educação! Uma escola construída com recursos federais do Programa da Reconstrução – criado para compensar os estragos causados pela cheia de 2010 – está fechada há mais de um ano, no município de Paulo Jacinto, zona da Mata alagoana, enquanto alunos estudam num prédio alugado.
Concluída, bem equipada, arejada, a Escola Municipal 2 de Dezembro foi inaugurada ainda no apagar das luzes do governo Teotonio Vilela Filho, no finalzinho de 2014. E dizem que já foi visitada pelo atual governador, Renan Filho, pelo menos duas vezes, desde que foi eleito. Mas até agora não foi aberta à comunidade.
Por que será? Estado e município enveredam pelo caminho do empurra-empurra e a resposta precisa a essa pergunta, ninguém diz.
Mas agora, segundo os moradores, a situação está normalizada e a escola em condições de funcionamento, o que é confirmado pelo secretário municipal de Educação, Luciano Cavalcante.
Dotada de 12 salas de aula, ela poderia – e deveria – estar abrigando pelo menos 1.200 alunos do município, distribuídos nos três turnos escolares. Mas, nada. Os alunos que deveriam estar estudando na Escola 2 de Dezembro continuam, desde a época da cheia, num prédio alugado pela prefeitura.
De quem é a culpa? A Secretaria de Estado da Educação garante que a escola já foi repassada, e cabe ao município colocá-la em funcionamento. “A escola é do município. Cabe ao prefeito colocá-la para funcionar”, explica a assessoria da secretaria.
Mas, de acordo com o secretário municipal da Educação, o problema é que nova escola precisa ser repassada oficialmente para o município, já que foi o Estado que ficou responsável pelo Programa da Reconstrução, e isto ainda não aconteceu. Ele queixa-se da dificuldade até de marcar uma audiência com o secretário estadual da Educação, Luciano Barbosa (vice-governador de Alagoas), para definir a entrega.

“Estamos querendo abrir matrícula e receber os alunos na escola nova. Mas precisamos receber o prédio oficialmente. Estamos vendo a hora ele ser depredado”, diz Cavalcante.
Isto sem falar da situação do hospital, no mesmo conjunto habitacional, cuja construção caminha em ritmo lento (Mas para este, dedicaremos uma outra postagem).
Ou falta pulso da administração municipal, ou, provavelmente todas essas obras estão sendo preservadas, numa reserva estratégica, aguardando a proximidade das eleições, que já se avizinham.
Afinal, pra que pressa com a educação, o esporte e a saúde, se para muitos o que importa, mesmo, é inaugurar obras no embalo eleitoral, assinar a paternidade e garantir o votos?!
É ou não é assim?
Uma moradora de Paulo Jacinto avisa: “a escola está com a água e com a energia cortadas. Por isso o município fica empurrando a responsabilidade para o Estado”. Com a palavra, a Prefeitura…
Fátima, se o homem dos cachorros fosse sec Municipal de Paulo Jacinto essa escola já estaria ocupada e funcionando.