
Embora seja comum observar mudanças no apetite dos pets, esse comportamento não deve ser ignorado. A recusa pela ração pode estar relacionada a fatores que vão muito além de uma simples insatisfação com o sabor de sempre.
Um dos primeiros pontos que merecem atenção é a forma como a ração é armazenada. O alimento deve ser mantido em local seco, arejado e longe da luz solar. Também é importante que o saco de ração esteja sempre bem fechado, para evitar a presença de formigas, baratas ou o aparecimento de mofo. O comedouro, por sua vez, deve ser higienizado regularmente e ficar longe de locais com odores fortes, como o tapetinho higiênico ou a caixa de areia.
Além disso, muitos animais podem apresentar preferência por alimentos que foram introduzidos em uma fase específica da vida, entre quatro e seis meses de idade. Alterações no tipo de ração durante a transição de filhote para adulto, ou de adulto para idoso, podem causar rejeição mesmo quando o sabor se mantém parecido. Gatos, por exemplo, podem desenvolver neofobia alimentar, demonstrando resistência a qualquer novidade no prato.
A recusa à ração também pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde. Doenças como a do carrapato, questões digestivas, dores na boca, além de fatores emocionais como estresse, estão entre as causas mais comuns da perda de apetite. Pets idosos também podem sofrer alterações no paladar e no olfato, o que impacta diretamente os hábitos alimentares. Se além da recusa ao alimento houver sintomas como vômitos frequentes, diarreia, perda de peso ou apatia, é indicado buscar avaliação veterinária.
Para os pets saudáveis, algumas estratégias podem ajudar a restaurar o interesse pela comida. Estabelecer horários fixos para as refeições ajuda a criar previsibilidade e confiança. Também é importante evitar oferecer petiscos fora de hora, pois isso reduz o apetite na hora da refeição principal. Outra medida eficaz é o uso de brinquedos interativos e comedouros que estimulem a curiosidade e tornem o momento da alimentação mais atrativo.