Funcionários dos Correios de Alagoas juntaram-se à mobilização nacional da categoria e paralisaram dos serviços de entrega no dia de hoje, para cobrar soluções à sobrecarga de trabalho a que são submetidos diariamente devido à carência de recursos humanos existente na estatal, observada em todo o País. Pela manhã, grupos de trabalhadores se concentraram em frente às agências e realizaram manifestações. Na agência Central, localizada na Rua do Sol, em Maceió, eles ocuparam as calçadas em frente ao prédio, depois saíram em passeata pelas ruas do Centro.

Em “Carta aberta à população”, os trabalhadores disseram que sentem-se cansados de serem responsabilizados pela população, pelo atraso na entrega de correspondências e encomendas . O documento, publicado no site do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa dos Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL), culpa a direção nacional da empresa pelas demissões feitas em excesso, sem a reposição dos recursos humanos necessários ao bom funcionamento da estatal, com novas contratações, o que tem gerado, segundo a categoria, uma sobrecarga excessiva nos que permanecem.
“Nossos companheiros que trabalham nas agências também sofrem com a sobrecarga de trabalho e com os constantes assaltos, justamente porque os Correios não investem em segurança, deixando os trabalhadores e a população em risco”, apresenta ainda o documento.
Em entrevista à TV Gazeta, o presidente do Sintect-AL, Altannes Holanda, contou que a categoria está em greve nacional de 24 horas e ninguém receberá encomendas ou cartas hoje. Apenas o serviço das agências deve funcionar. Amanhã o serviço será normalizado.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fenect) convocou a paralisação em todo o país e colocou, em sua página da internet, uma lista com 19 motivos para a mobilização de hoje. Entre eles estão o fim de possíveis manobras fiscais feitas pelo órgão, luta contra o aumento de quase 20% na contribuição do plano de previdência, contra o projeto de privatização da empresa, o não fechamento de agências pequenas dos Correios, pela contratação de pessoas e mais qualidade na empresa.