Por uma pequena diferença de apenas 11 votos, a proposta da Equatorial para o Acordo Coletivo de Trabalho – ACT, foi aprovada em assembleias realizadas nos dias 05 de junho em Arapiraca e 06 de junho, na sede da empresa em Maceió.
No total foram 222 votos pela aprovação da proposta da empresa e, 211 contra a aprovação e pela continuidade da negociação.
Antes e durantes as assembleias, a diretoria da Equatorial se valeu de várias práticas antisindicais, realizando reuniões para pressionar os trabalhadores e trabalhadoras a votar em sua proposta, considerada muito abaixo das expectativas da categoria.
A Equatorial se utilizou de grande assédio contra a categoria, inclusive ameaçando caso a proposta dela não fosse aprovada, afirmando que iria suspender o acordo e, os trabalhadores e trabalhadoras ficariam sem os benefícios já conquistados.
Para intimidar de forma ainda mais contundente, os gerentes, executivos, diretores e demais membros da cúpula da empresa se fizeram presentes na assembleia, fiscalizando presencialmente a categoria, inclusive utilizando-se de caixas de som, que se viu obrigada a votar não pelo conteúdo da proposta, mas sim com medo de perder benefícios já conquistados.
O Sindicato repudia essa atitude antissindical, impedindo o livre direito do trabalhador se posicionar, através do exercício da pressão psicológica e intimidação pessoal, ferindo a Constituição Federal, que prevê autonomia e liberdade sindical plenas.
O Sindicato defendia o avanço nas negociações, em busca de uma proposta que correspondesse aos bilhões obtidos pela empresa nos últimos ano, avançando na proposta atual e, que a categoria, de forma livre e espontânea, deveria ter a liberdade de definir os rumos que gostaria de dar ao ACT, sem qualquer tipo de pressão ou coação.