Na democracria atrofiada os excluídos não balançam o chão da praça
Há bem pouco tempo a elite brasileira - desde empresários à classe média conservadora - vivia a condenar o programa Bolsa Família e com uma veemência cruel.
Tinha-se como argumento a velha máxima de que "melhor é dar-lhe a vara e o anzol do que o peixe".
E mais: Que o bolsa era a esmola para manter vivo os currais eleitorais do País e que o novo governo brasileiro iria acabar com isso, em nome da nova política.
Memória recente.
Mas, sabe, essa história sumiu, convenientemente. Ninguém acabou com o Bolsa Família e o silêncio se fez dono.
O pior é que também não apareceu ninguém para ensinar o homem a pescar. A situação é dramática, com o crescimento da população em situação de miséria no País, que hoje está mais para isca do que anzol.
A elite sabe, vê, mas não enxerga