Doze jovens jogadores de futebol e seu técnico, depois de nove dias desaparecidos, foram encontrados nesta segunda-feira (2) presos em um complexo de cavernas inundado da Tailândia. Desnutridos e com frio. Mas o resgate segue longe do fim.
A morte de um mergulhador na Tailândia nesta sexta-feira (6) mostra a dificuldade de um resgate sem colocar em perigo a vida dos meninos e de seu treinador de futebol.
Apenas para acessar o local, o mergulhador experiente leva cerca de 6 horas apenas para chegar até à caverna. Desde o encontro, alimentos e meios de comunicação com o exterior foram disponibilizados, mas o resgate é complexo e perigoso.

Falta oxigênio
O garotos receberam suplementos alimentares pelos mergulhadores do corpo de resgate e há água em abundância. Porém, o que mais falta na caverna com os trezes presos é o oxigênio.
O transporte de oxigênio culminou na morte desta sexta-feira. Ele levava tanques de ar para os garotos, mas na volta ficou sem ar para ele mesmo e sufocou-se.
O nível de oxigênio na caverna caiu para 15%, segundo as autoridades locais. O nível normal de oxigênio no ar é de 21%. Estar em um ambiente com baixos níveis de oxigênio pode levar à confusão mental, alterações nos batimentos cardíacos, coma e até morte.
Voltando a nado
O trajeto tem vários quilômetros e inclui passagens estreitas e trechos sob a água. Os socorristas evitam se pronunciar a favor de um resgate dos meninos através do mergulho.
Eles preferem esperar a água baixar e manter o grupo na caverna até que possa ser retirado caminhando, com uma parte mínima de trechos submersos, que seriam percorridos com máscaras.
Com a ajuda de engenheiros japoneses, já retiraram da caverna um volume equivalente a mais de 50 piscinas olímpicas.
Entretanto, a Marinha tailandesa insinuou que possivelmente as equipes de emergência não terão outra alternativa a não ser tentar um resgate complexo e perigoso. A janela de tempo para retirar os jovens da caverna é “limitada”, admitiram as autoridades.