Começo dizendo que não é a primeira vez que isto acontece. Por isso, de antemão, me eximo da obrigação de oferecer o beneficio da dúvida entre a intencionalidade ou não. O histórico é mais indicativo para os lados do famoso ‘se colar, colou’.
Ontem à noite, em compras no Bompreço Jatiúca, deparei-me com uma promoção de salsichas. O anúncio feito com letras pretas em papel amarelo tamanho A4 (não era uma simples etiqueta), chamava a atenção para a queda no preço – de R$ 9,98 por R$ 4,98 – numa campanha que eles chamam de “Os 100 dias mais baratos”.
Havia pelo menos três cartazes, identificando as marcas Perdigão e Seara. Na prateleira, apenas esses dois produtos estavam expostos, e com as caracteríticas de peso e marca idênticas às do cartaz.
Olho no caixa – sempre faço isso quando pego mercadoria em promoção – percebi que o produto passou – pasmem – por R$ 10,03, cada pacote. Mais que o dobro do anunciado.
Para tudo! Chama uma auxiliar, que vai à prateleira e volta com a informação: não é esse produto que está em promoção. Como assim? Vou eu mesma ao local, fotografo os cartazes e os produtos, trago um cartaz exatamente com a descrição do produto e da marca que escolhi, mas a resposta continua a mesma. “Não e esse produto”.
– E qual é?
O caixa não sabe; a assistente na sabe; o ‘colaborador’ do setor não sabe; o gerente não sabe…
Eu sei: Sabedoria, esperteza, enganação, prática lesiva ao consumidor. (E digo isso porque já aconteceu várias outras vezes comigo, no Bompreço e em outros supermercados).
Transtorno, constangimeno de estar fazendo as pessoas esperarem na fila, e uma demora exagerada em resolver o problema. Mais de meia hora de espera. Fiquei com a sensação de que, além de burlar os preços, eles apostam também na possibilidade de desistência do cliente em reclamar e esperar uma solução.
Eu não desisto; vale o anúncio. E quero o produto no preço anunciado. Não tem coisa que me incomode mais do que me sentir enganada. Faço valer meu direito
E fico imaginando quantos clientes são enganados por dia, ao escolherem um produto em promoção e pagarem por ele um preço mais caro, em meio a outras compras.
Facisso não, Walmart! Melhore, senão eu chamo o Procon!