O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não gostou de ser chamado de “excrementíssimo” pelo influenciador digital Felipe Neto. E por isso, acionou a Polícia Legislativa pelo crime de injúria.
Além da Polícia Legislativa da Câmara, que já abriu um inquérito e autuou Felipe Neto por injúria, o influenciador também é alvo da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados, que o acionará judicialmente junto à Justiça Federal em uma ação penal.
A decisão ocorreu após Lira acionar a Polícia Legislativa e pedir a adoção de providências cabíveis. O parlamentar encaminhou o ofício à polícia ainda na terça-feira (23), mesmo dia em que o influenciador fez a declaração.
Em ofício, Lira disse que Felipe Neto “proferiu expressões injuriosas” contra a sua pessoa. O documento indica que o caso pode “configurar a prática de crimes contra a honra”, ocorridos nas dependências da Casa. O ofício foi encaminhado a Paul Pierre Deeter, diretor da Polícia Legislativa.
Felipe Neto disse achar “curioso” o acionamento da polícia contra ele. O influenciador relembrou que Lira disse nesta quinta-feira à GloboNews que “parlamentar ser chamado para depor na PF [Polícia Federal] porque disse que ministro é isso ou aquilo, na CPI, é exagerar um pouco”.
O influenciador comentou não ter opinião sobre a pessoa Arthur Lira, pois não o conhece. Porém, como parlamentar, Felipe Neto acha as ações e inações do presidente da Câmara são, “em grande parte, nocivas e extremamente reprováveis”.
"A liberdade de expressão existe para a manifestação de opiniões contrárias, jocosas, satíricas e até mesmo errôneas, mas não para opiniões criminosas, discurso de ódio ou atentados contra o Estado Democrático de Direito e a democracia" – STF. AP 1044/DF, relator Min. Alexandre…
— Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) April 25, 2024