Na semana passada, a líder do governo no Congresso, deputada Joyce Hasselmann (PSL-SP), afirmou ter sido vítima de um hacker. E se adiantou: “se aparecer qualquer conteúdo estranho, não se assustem e podem me notificar por mensagem”.
Agora, a vítima teria sido Paulo Guedes, o ministro da Economia. Depois que o número do ministro foi registrado no aplicativo de mensagens Telegram, ele anunciou que o aparelho havia sido invadido.
Guedes não é o primeiro ministro do governo a dizer que teve o telefone clonado. Mensagens trocadas pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, foram captadas e acabaram vindo a público. Entretanto, todas as mensagens da Vaza Jato são do ponto de vista dos procuradores da Lava Jato, logo, os vazamentos não vieram do telefone do ministro.
Tudo indica que o foco é a conta de um dos procuradores, que perfeitamente pode ter dado a dica para Moro gritar lobo. Logo, ao invés de acreditar cegamente quem “hackeou” o celular de Joyce e Guedes, quem que conversava com os dois apontou um vazamento e colocou a dupla já em modo de defesa?
E se “aconteceu com Moro”, é perfeitamente possível que nas próximas semanas, mais nomes ligados ao governo serão personagens de conversas divulgadas. E a defesa “foi adulterado por hacker” já foi iniciada.