Bleine Oliveira

Quem defende as vaquejadas argumenta que ela é parte da nossa cultura, e como tal, está amparada no art. 215, § 1º, da Constituição Federal. Esse artigo diz que “o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais...” e que “o Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”. No contraponto, as vozes que ecoam contra essa atividade regional citam o art. 225, § 1º, VII, da mesma Constituição, para argumentar que o poder público deve “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”. Mesmo que não houvesse leis, basta assistir ou a

A entidade representativa de bares e restaurantes contestou judicalmente o decreto do secretário de Segurança Pública, Domingos Lima Júnior, probindo a venda de bebida alcoólica da meia noite do sábado, 1, até às 18h do domingo, 2, dia da eleição municipal. A reação não encontrou guarida na Justiça Eleitoral, que manteve o decreto do secretário. Satisfeito com os resultados da estratégia, Lima Júnior já anunciou que a proibição se mantém para o próximo dia 30, data do segundo turno em Maceió. “A lei seca favoreceu muito nosso trabalho. Todos sabem que quanto mais as pessoas bebem, maiores são os riscos de ocorrências policiais” - argumentou o secretário de Segurança. Vale ficar atento, pois o contingente policial no dia da votação será maior, e o universo a ser coberto, menor. E

A tranquilidade da votação, neste domingo, é positiva, considerando a segurança pública, mas deixa um ponto de interrogação. O que o maceioense está escondendo? Desde o início o eleitor chegou e saiu em silêncio dos locais de votação, sem externar preferência. Há menos de uma hora do encerramento da votação, o clima em Maceió é calmo, sem grandes agitações até mesmo num dos maiores colégios eleitorais da capital, o Cepa. Os sinais ficaram mesmo com os dois principais candidatos: - Rui Palmeira foi votar na companhia da esposa e do vice, Marcelo Palmeira. - Cícero Almeida, ao contrário do que se esperava, não teve a companhia dos Renan’s, nem pai, nem filho. Bom, orientada por meu oráculo, vou aguardar que o TRE/AL revele daqui há algumas horas, o que decidiu o eleitor

No período eleitoral sempre surgem as vozes favoráveis ao voto nulo ou branco, como se essa posição mudasse a realidade de corrupção, violência e descrédito que o País atravessa. Antes de se manifestar, o eleitor precisa saber que nem os votos brancos nem os nulos contam na apuração das eleições. E nem são, como muita gente pensa, contabilizados para o candidato que está ganhando. Era o que acontecia antigamente. Com a CF/88, isso mudou, explica o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O dispositivo constitucional determina que "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos". Mas, quando anula o voto ou vota em branco, manifestando um protesto, o eleitor está sim interferindo no resultado da eleição. Afinal, quanto mais votos nulos e bra

O Ministério da Saúde acaba de liberar RR 772 mil para Alagoas. O dinheiro deve ser investido na construção e ampliação de oito Unidades Básicas de Saúde (UBS), em cinco municípios. É verba do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (Requalifica UBS), para ampliar o atendimento gratuito aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Os recursos são repassados aos Fundos Municipais de Saúde. Por aqui, os beneficiados são os municípios de Craíbas, Marechal Deodoro, Maceió, Piranhas e Porto Calvo. Com o dinheiro, os prefeitos devem estruturar os postos de saúde e oferecer melhor atendimento à população. O que incomoda é ver que milhões e milhões são anunciados, mas o cidadão não sabe o que fazer quando precisa de uma consulta médica, de uma cirurgia ou exame. Quer ver

Os bastidores da campanha para prefeito de Maceió revelam que o clima passou de quente para explosivo, na seara do candidato Cícero Almeida (PMDB). Arisco por natureza (aqui dito no sentido de quem não se deixa domesticar facilmente!), o deputado federal, segundo pessoas da campanha, está sob estresse. Mas é não só pela queda nas pesquisas. O que tem feito Cícero Almeida chegar próximo ao limite da paciência, são as amarras que a política lhe impõs. Uma delas atende pelo mesmo nome, e sobrenome: os Renans! O pior, mesmo, é que essa teia em que se enroscou, ele próprio teceu. Lamentavelmente, ao menos até o final dessa eleição, continuará nas mãos de pai e filho. O espírito santo, até agora, não lhe mostrou a saída!

Todas as coligações encomendam pesquisas para saber a quantas andam seus candidatos. Mas poucos divulgam as verdades que as pesquisas revelam. Normalmente a divulgação se limita ao percentual de aceitação do candidato, seja na pesquisa espontânea, seja na induzida. Os sentimentos do eleitor revelados nas pesquisas de opinião não se tornam públicos. Aí, muita gente segue acreditando que o clima nas ruas é aquele mostrado na TV, nos poucos minutos da propaganda eleitoral gratuita. O eleitor, minha gente, está insatisfeito e pouco interessado na campanha eleitoral. Essa é a verdade! Prova disso está... nas pesquisas. Uma delas, solicitada pela Organização Arnon de Mello ao Ibope, revela bem o nível de insatisfação do maceioense. O instituto mediu o nível de interesse da populaç

O que um grupo de mais de 10 homens, todos baianos, faziam numa casa localizada na periferia do município alagoano de Delmiro Gouveia? Foi para responder a essa pergunta que policiais da cidade montaram a operação que acabou com oito dos suspeitos mortos. Segundo o secretário de Segurança, coronel PM Domingos Lima Júnior, o bando estava sendo investigado há cerca de dois meses, depois de ter montado um ‘ponto de apoio’ no município alagoano. “A casa em Delmiro era um esconderijo da quadrilha de baianos, que agiam também em Alagoas” - disse ele. É para enfrentar essa migração dos bandos criminosos que os órgãos de segurança pública do Nordeste vão adotar estratégias integradas, ou seja, será estreitada a relação entre as polícias dos 9 estados, com permanente troca de informações sobr