7 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaro ameaça demitir do presidente do Banco do Brasil por plano de enxugamento

Presidente do Executivo considerou anúncio erro político

O anúncio de um plano de demissão voluntária do Banco do Brasil iniciou processo de fritura do presidente da instituição, André Brandão. E auxiliares no Palácio do Planalto afirmam que o executivo pode ser demitido por decisão do presidente Jair Bolsonaro.

Caso a demissão seja confirmada, Brandão sairá do comando do banco menos de quatro meses após sua posse. O ministro da Economia, Paulo Guedes, considera o executivo preparado para ocupar o cargo e trabalhava nesta quarta-feira (13) para acalmar Bolsonaro e evitar a demissão. Guedes concorda com a essência do plano de ajuste apresentado pelo banco.

PDV

Na segunda-feira (11), o Banco do Brasil informou ter aprovado um conjunto de medidas que diminuem sua estrutura organizacional, com fechamento de pontos de atendimento. Serão encerradas 361 unidades, sendo 112 agências.

Também foram criadas pelo banco duas modalidades de desligamento incentivado voluntário aos funcionários. O Programa de Adequação de Quadros, para redistribuir força de trabalho, e o Programa de Desligamento Extraordinário, disponível a todos os funcionários do BB que atenderem a pré-requisitos.

A estimativa do BB é que cerca de 5 mil funcionários façam adesão aos dois programas.

Para o Ministério da Economia, o programa é tecnicamente impecável e promove redução de custos para o banco. Já para o presidente, o momento para a adoção da medida foi considerado desastroso, um erro político.