6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Bolsonaro aponta mais três ministros

Ministérios da Cidadania e do Desenvolvimento Regional são novidades

O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou nesta quarta-feira (28) o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) como o novo ministro do Turismo. Além disso, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto será o titular do Ministério do Desenvolvimento Regional, a ser criado em seu governo.

Os futuros ministros Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) e Osmar Terra (Cidadania)

Também foi criado mais um ministério. O deputado federal e ex-ministro de Desenvolvimento Social do governo de Michel Temer (MDB), Osmar Terra (MDB-RS), foi anunciado como futuro ministro da Cidadania.

Em entrevista à imprensa, o próximo presidente já falou que o número de ministérios poderá chegar a 20. Quando em campanha, o presidente eleito falou que sua configuração da Esplanada dos Ministérios teria 15 pastas.

Segundo Bolsonaro, não será possível atingir o número pois foi preciso manter algumas pastas para preservar a qualidade da gestão, além de órgãos que por lei deverão manter o status de ministério. Ou seja: não sabia do que estava falando.

Turismo

Marcelo Álvaro Antônio é empresário, natural de Belo Horizonte e está em seu primeiro mandato como deputado. Antes de se filiar ao PSL, partido de Bolsonaro, era filiado ao PRP. Antônio foi o 19º ministro anunciado do próximo governo.

Desenvolvimento Regional

Canuto é servidor efetivo do Ministério do Planejamento, pasta que comporá o Ministério da Economia. Atualmente, ele é secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, cargo que exerce há cerca de cinco meses. Antes, era chefe de gabinete do titular da pasta. A pasta que ele comandará abrigará os ministérios de Cidades e da Integração Nacional.

Sem filiação partidária, o futuro ministro é graduado em Engenharia de Computação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e em Direito pelo Centro Universitário de Brasília.

O orçamento da nova pasta deverá ficar entre R$ 6 bilhões a R$ 8 bilhões, estimou Canuto. Os cargos administrativos deverão ser reduzidos, portanto, os recursos poderão ser revistos. O desenho final das secretarias ainda será aperfeiçoado. Ele não sabe se ficará com o projeto Minha Casa, Minha Vida.

Cidadania

A nova pasta de Cidadania, de Osmar Terra, englobará parte da Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), que atualmente está atrelada ao Ministério da Justiça, e os atuais Ministérios do Esporte, da Cultura e do Desenvolvimento Social.

Questionado se também abarcará o Ministério do Trabalho, Terra confirmou que a atual pasta deverá ser desmembrada, mas não soube dizer ainda se a Cidadania abrigará parte dela.

Ele está em seu quinto mandato consecutivo como deputado federal, tendo assumido o cargo pela primeira vez em 2001. Ao longo dos 17 anos de legislatura, licenciou-se diversas vezes da função para assumir a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul nos governos de Germano Rigotto (MDB, 2003-2006) e de Yeda Crusius (PSDB, 2007-2010).

Em 12 de maio de 2016, Terra voltou a se licenciar do cargo de deputado para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social no governo do presidente Michel Temer (MDB). Ele deixou o posto em abril deste ano para tentar a reeleição no Rio Grande do Sul. Ele foi o 24º deputado mais votado do pleito no estado, com 86.305 votos.