O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal. Ele, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) foram indiciados por falsificação de certificados vacinais.
A PF aponta que houve crime pelo uso indevido de uma documentação falsa. Agora, Ministério Público terá que tomar decisão se apresenta denúncia contra o trio ou arquiva a investigação. Também foram indiciados:
- Ailton Gonçalves Barros, advogado e ex-major, expulso do Exército;
- Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da Prefeitura de Duque de Caxias;
- Célia Serrano da Silva, secretária de Saúde de Duque de Caxias;
- Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora da Prefeitura de Duque de Caxias;
- Eduardo Crespo Alves, segundo sargento do Exército;
- Farley Vinicius Alcântara, médico;
- Gabriela Santiago Ribeiro Cid, esposa de Mauro Cid;
- João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias;
- Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército;
- Marcelo Costa Câmara, assessor de Bolsonaro;
- Marcelo Fernandes Holanda;
- Max Guilherme Machado, assessor de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Da Costa Ferreira;
- Sérgio Rocha Cordeiro, assessor de Bolsonaro.
No início deste ano, a CGU identificou inconsistências no certificado de vacinas de Bolsonaro. Há um registro de vacinação contra a covid-19 em 19 de julho de 2021, na UBS Parque Peruche, em São Paulo, mas o ex-presidente não estava na capital paulista nesta data. Ele foi para Brasília um dia antes e não fez nenhum outro voo até 22 de julho.
Como ninguém viu Jair naquele dia, foi encontrada uma ligação de Mauro Cid com o esquema. As descobertas da CGU em Duque de Caxias levaram à deflagração da Operação Venire, da Polícia Federal.
A ação revelou a ligação de agentes públicos federais e municipais com o esquema e, ainda, a do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que foi preso preventivamente em maio de 2023.