A proposta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de criar um grupo de trabalho para rastrear “aqueles que atentam contra a democracia, contra a livre vontade dos eleitores, disseminando discursos de ódio e antidemocrático”, gerou reação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Envolvido nas tramas da “Abin Paralela”, Bolsonaro convocou apoiadores para um ato em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Sebastião, no litoral paulista, na próxima quarta-feira (7). É a data em que ele vai depor na investigação sobre importunação de uma baleia jubarte, uma espécie em extinção, o que tipificou um crime ambiental.
A convocação foi rapidamente pulverizada nos grupos de Telegram e nas redes sociais por aliados extremistas do ex-presidente, como a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Na entrevista, Bolsonaro voltou a atacar o TSE em relação às eleições de 2022, quando saiu derrotado nas urnas.
Segundo o ministro Moraes, o TSE e o Ministério da Justiça estão constituindo um grupo de estudo, trabalho e execução com membros da PF, “para que possamos aprimorar o que já vem sendo feito no sentido do rastreamento daqueles que atentam contra a democracia, contra a livre vontade dos eleitores, disseminando discursos de ódio e antidemocrático”. O ministro se manifestou na abertura dos trabalhos da corte eleitoral nesta quinta-feira.