O ex-presidente Jair Bolsonaro passou a data romantizada por seus seguidores, a Independência do Brasil neste 7 de setembro, já planejando sua próxima internação no hospital.
Segundo sua assessoria, Bolsonaro dará entrada, na segunda-feira (11), no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para fazer outra cirurgia para correção de alças intestinais. O procedimento está marcado para terça-feira (12) e será realizado por Antonio Macedo, o único cirurgião que acompanha o caso de Bolsonaro desde a facada.
Curiosamente, a mais nova internação do ex-presidente coincide com sua situação enrolada na justiça. Dessa vez, o problema é dos grandes: seu ex-auxiliar pessoal, o faz-tudo Mauro Cid, entregou sua delação para o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Pouco antes de Bolsoanro anunciar sua cirurgia, Cid entregou ao Supremo Tribunal Federal um “termo de intenção” de fazer um acordo de delação premiada. PF (Polícia Federal) informou que concorda com a proposta.
Isso definitivamente deve ter feito mal para saúde do Bolsonaro e mantém coerência com seu histórico de internações:
- A última internação no final de agosto, quando a PF marcou a data de seu depoimento para que ele pudesse se explicar sobre disseminação de fake news e as joias contrabandeadas do tesouro nacional. Ele ficou calado, assim como sua esposa;
- Nos Estados Unidos, Bolsonaro mal esperou 24 horas e se internou logo no dia seguinte ao ataque de bolsoanristas na Praça dos Três Poderes em janeiro deste ano. Vale constar que deputados americanos já estavam ameaçando expulsá-lo do país;
- No dia 28 de março de 2022, horas depois de seu então ministro da Educação, Milton Ribeiro, pedir exoneração após ser flagrado priorizando liberação de verbas a prefeituras ligadas a pastores;
- Em janeiro do ano passado, quando enchentes na Bahia deixavam 25 mortos, Bolsonaro interrompeu suas férias de muito jet-ski para fretar um avião o médico Antonio Macedo, que estava fora do país, apenas para ser diagnosticado com “engoliu camarão sem mastigar”;
- Sem parar de soluçar, foi internado uma semana após a CPI da Pandemia ter sido prorrogada;
- Em setembro de 2020 quando descobriu aquele cheque de seu ex-assessor Queiroz para sua esposa, Michelle, no valor de R$ 89 mil;
- A Amazônia estava em chamas, mas o motivo da internação foram as brigas com Moro, que o acusava de controlar a PF, em setembro de 2019;
- Em janeiro de 2019, já como presidente, foi operado durante as primeiras denúncias do caso Queiroz envolvendo um de seus filhos, o 01 Flávio Bolsonaro.
Resta saber qual será o motivo da internação do presidente na ocasião de ser convocado pela CPI dos Atos Antidemocrático. Vai que se eventualmente tiver sua prisão decretada, acabe entrando em um coma profundo.
