26 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Braskem: Colapso da mina 18 está em sintonia com inoperância da Câmara Municipal

Daqui para frente surgirão os “salvadores da pátria”, como se nada tivesse acontecido

Desde 2018 a Câmara conhecia o drama e não agiu

O caso da mina 18 da Braskem em Maceió, empresa que provocou o pior desastre ambiental em área urbana  no mundo foi completamente ignorado pela Câmara Municipal de Maceió, desde que 4 bairros foram afundados em 2018.

Com raríssimas exceções, as manifestações no parlamento mirim sumiram como o silêncio da conivência com o proceder da mineradora que causou uma tragédia na vida dos maceioenses.

O silêncio da maioria dos vereadores remete a uma situação de comodidade e de descaso diante uma tragédia que mexe com de milhares de maceioenses atingidos pela tragédia anunciada.

O subsolo de Maceió prejudicado pela extração irresponsável de sal-gema durante décadas entrou em em colapso, após cinco abalos sísmicos atestados pela Defesa Civil na área de a mina 18, no bairro do Mutange. No entorno, até um hospital precisou ser evacuado.

Em meio a tudo isso a Câmara de Vereadores ficou silente.

“Se o teto dela [mina] vier a desabar, essa cavidade chega até a superfície, e se ela chegar dentro da lagoa, aí a gente tem consequências mais preocupantes, como um aumento de salinização dessa água e vai impactar toda a área de mangue de forma bastante trágica”, afirmou o coordenador geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, ao G1.

Daí os gabinetes de crises foram criados pela Prefeitura de Maceió e o governo do Estado. E só aí a Câmara Municipal passou a se inteirar dos fatos que já eram anunciados desde o tempo em que se deu a evacuação do Pinheiro, o primeiro bairro da cidade, onde os moradores foram expulsos das suas casas.

Daqui para a frente vão aparecer os salvadores