Os redemoinhos que atingiram politicamente o governo alagoano, recentemente, e agitaram as hostes palacianas ainda vão dar o que falar no processo de composição para a disputa eleitoral do ano que vem.
Há algum tempo o governo Renan Filho (MDB) sonha com um nome de peso capaz de aglutinar forças suficientes para conquistar a Prefeitura de Maceió por meio do voto, claro.
A capital alagoana sempre foi um reduto não alinhado a governos estaduais, há pelo menos 30 anos. Assim, os atores políticos do Palácio Zumbi dos Palmares passaram a flertar insistentemente com o Procurador Geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, para fazê-lo o candidato do grupo.
A escolha do nome tem a ver com o amontoado de pesquisas nas mesas dos analistas, marqueteiros e conselheiros do governo, que vêm em Gaspar o nome certo para a eleição certa.
Entusiasmado com a escalada política, Gaspar já disse a amigos seus e representantes do poder econômico que vai para o desafio, mas que não quer saber de amarras com grupo algum. Muito embora aceite o flerte político de lado a lado.
Recentemente, ele esteve ao lado do presidente do DEM, José Thomáz Nonô, em uma visita ao presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA), José Carlos Lyra. Nonô, como se sabe, é um histórico opositor do grupo político que hoje comanda Alagoas.
A pauta do encontro na Casa da Indústria não foi revelada. Mas, no ar, o clima revelava nuances do cenário eleitoral futuro.
O que vem por aí não se sabe. O certo é que com o término do ano velho, chega também a apresentação do planejamento para o ano vindouro.
Exatamente o ano das eleições. E aí tudo pode acontecer.