Foi publicada nesta terça (29), pela Câmara Municipal de Maceió, uma portaria assinada pelo presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Chico Filho (PL), afastando o vereador Siderlane Mendonça (PL) e servidores comissionados vinculados ao gabinete dele, que fora investigados na Operação Falácia, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada.
Chico Filho proibiu ainda que os investigados tenham acesso às dependências do Poder Legislativo Estadual e orientou que os demais servidores não tenham contado com os alvos da ação policial.
Sendo assim, estão proibidas o acesso às dependências da Câmara Municipal de todos afetados pela decisão da Justiça Eleitoral até que outra ordem seja expedida.
A portaria seguiu uma determinação proferida pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral de Maceió na ação criminal que determinou uma série de medidas cautelares contra o vereador e servidores nomeados por ele na Câmara.
Semana passada
Em publicação nas redes sociais o vereador de Maceió Siderlane Mendonça disse que foi surpreendido pela Polícia Federal (PF) em um hotel de Brasília.
Disse que sequer sabe do que se trata. Declarou que aproveitaram que viajou a trabalho e “mandaram a PF me fazer uma citação e já encaminhei ao meu advogado”.
Declarou que a população sabe “do meu trabalho, da minha ética e continuarei lutando contra as perseguições que estão fazendo contra mim”. Ele destacou que “o vereador Siderlane se erguerá e sairá por cima de tudo isso que estão fazendo contra mim”.
PF
A manifestação do vereador surgiu após a Polícia Federal deflagrar na manhã desta sexta-feira, 25, uma operação para cumprir mandados judiciais em Maceió e no município de Rio Largo, determinados pela Justiça Eleitoral.
A ação visa investigar um suposto esquema de corrupção eleitoral, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Entre as medidas autorizadas pela Justiça Eleitoral de Maceió, está o afastamento de um vereador da capital, apontado como líder do grupo investigado.
Ao todo, 21 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em endereços ligados aos acusados.
Através de nota oficial, a Câmara se pronunciou sobre o caso:
A Câmara Municipal de Maceió informa que, em cumprimento a mandado expedido pela Justiça Eleitoral, a Polícia Federal realizou diligência na manhã desta sexta-feira (25), exclusivamente no gabinete de um único vereador, sendo a investigação relacionada ao pleito eleitoral de 2020.
É importante destacar que o objeto da apuração não possui relação com a atividade parlamentar nem com a rotina legislativa da Casa. A Câmara reafirma seu compromisso com a transparência e o respeito às determinações do Poder Judiciário, atuando também na proteção das prerrogativas parlamentares e assegurando o pleno funcionamento do Legislativo.
Reiteramos, por fim, nosso respeito incondicional às decisões judiciais e às instituições envolvidas, colocando-nos à disposição para colaborar com as autoridades competentes no que for necessário.
Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares diversas da prisão, entre elas o afastamento do cargo de um vereador — apontado como líder do esquema — e o bloqueio de bens que ultrapassam R$ 200 mil.