8 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Cid delatou que Bolsonaro ordenou fraudes em certificados de vacina

Objetivo da manobra seria burlar as exigências de comprovação da vacinação para entrada em países estrangeiros

De acordo com o blogueiro Aguirre Talento, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República, afirmou em seu acordo de delação premiada veio do então presidente Jair Bolsonaro a ordem para confeccionar certificados falsos de vacinas da covid-19.

O objetivo da manobra seria burlar as exigências de comprovação da vacinação para entrada em países estrangeiros.

O tenente-coronel admitiu à PF sua participação na realização de fraudes nos certificados de vacina inseridos no sistema do Ministério de Saúde e também vinculou Jair Bolsonaro diretamente ao esquema.

Com base nessas informações, a PF deflagrou em maio a Operação Venire, cumprindo a prisão preventiva de Mauro Cid e outros alvos. O ex-ajudante de ordens só foi solto em setembro, depois que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologou seu acordo de delação premiada.

O advogado e ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten prontamente negou a acusação, garantindo que o presidente “nunca pediu nem pra ele, nem para a filha dele”. Em maio, Bolsonaro já havia declarado que não conhecia nem orientou fraudes em cartão de vacinação para seu uso ou de familiares.