O município de Paulo Jacinto está em clima de festa e preparado para receber os visitantes na Festa da Chita, que tem como referência maior o Baile da Chita, evento que completa neste sábado, 20 de julho, 67 anos. A festa, no entanto, se estenderá até o domingo, 21.
Localizado no Agreste alagoano, o município tem pouco mais de 7 mil habitantes, mas todos entusiastas do evento que foi o precursor do processo de emancipação da cidade, que pertencia a Quebrangulo.
Cidade de clima frio nesta época do ano, Paulo Jacinto, ou PJ, como preferem os nativos, montou este ano uma programação para atender a todos os gostos. Haverá festa na rua, com atrações de grandes bandas contratadas pela Prefeitura Municipal, além do baile no Clube Recreativo, que será animado pela Banda Golden Time. Também serão atrações no clube, Tarcy Monteiro (ex-Baby Som) e Elminho.
A origem – Segundo a história contada por vários moradores mais antigos da cidade, tudo começou após várias reuniões, onde Josefa Barbosa (Conhecida como Zefinha), José Aurino de Barros (In memorian), e outros, discutiram o que fazer para pagar o advogado, foi quando a própria Josefa teve a ideia de realizar um baile no povoado. Depois de tudo planejado, surgiu o nome de ‘’Baile da Chita’’, segundo os professores e pesquisadores da cidade, a chita era um tecido da época que tinha um grande poder de comercialização, então os organizadores resolveram dar origem a está referência.
Nos preparativos para o primeiro baile, Josefa teve a ideia de colocar uma rainha, uma vez que o baile seria realizado após os festejos juninos, no mês de julho. A rainha era eleita através dos fundos adquiridos, a que mais arrecadasse dinheiro na venda de rifas e bingos seria a eleita. Todos esses acontecimentos se deram por volta da década de 50.
Por ter sido a principal ferramenta de luta pela emancipação do município e se manter até hoje como uma grande festa do interior, o baile da chita virou Patrimônio Imaterial Histórico e Cultural do Estado de Alagoas, graças a uma lei aprovada na Assembleia Legislativa Estadual, que teve como autor o deputado Inácio Loyola. A lei foi sancionada em 2015.
A festa que começou em 1951 como um encontro de famílias nativas, alegres e festeiras, hoje tem uma outra dimensão. A cidade se enfeita para acolher os convidados e trata de cuidar bem de cada um. O povo se orgulha do evento que tem e participa ativamente do Baile da Chita, seja na rua ou no clube social. Mas, dizem os frequentadores da festa que, se por acaso der uma zebra e não tiver a festa no clube e nem na rua, ainda assim tem o forró na casa da Margarida, que só juntando a família reúne mais de 100 em animação total, fora os convidados.
“A reunião dia de baile da chita em minha casa já é uma herança deixada pelos nossos pais, Maria José e Correia Fontan. Vamos seguindo a tradição”, diz Margarida Fontan.
Mas, este ano, o apoio da Prefeitura e de parceiros como o governo do Estado tornaram a festa mais forte. Tanto que a programação deste ano conta com uma série de atrações na rua, conforme a programação abaixo:
Parabéns amigo da Globo!