Depois de negociar o fim do bloqueio do terminal do Village Campestre, onde moradores, nesta segunda-feira, 8, protestavam contra a onda de assaltos no bairro, o comandante do Policiamento da Capital, coronel Claudivan Albuquerque, definiu algumas ações para conter a bandidagem.
Ele prometeu colocar no terminal uma unidade móvel, das 18h à zero hora, e uma viatura fazendo patrulhamento das 4h às 6h30, horário em que os marginais atacam passageiros e motoristas de ônibus.
Só que, alertou o comandante do CPC, é uma ação provisória. O policiamento será mantido por cerca de 45 dias.
“É o tempo de acabar com a sensação de insegurança” – afirmou o coronel Albuquerque. Segundo ele, a Polícia Militar não tem efetivo suficiente para adotar patrulhamento permanente nas áreas onde a criminalidade age com mais intensidade.
O comandante foi ainda mais direto. Disse textualmente que “o cobertor é curto” e, por isso, para atender a população do Village, teve que tirar homens e viaturas de outra comunidade.
Segundo o coronel Albuquerque as demandas de um bairro são atendidas com a redução ou mesmo a retirada do policiamento em outro. “Não tem mágica” – revelou o oficial.
Na continuidade do trabalho, a PM se vale do serviço de Inteligência para dar combate à criminalidade. “Temos trabalhado de forma integrada com a Polícia Civil e, por isso, temos apresentado resultados positivos na luta para reduzir a violência” – ressaltou o comandante do CPC.
Mas admitiu que, para cumprir seu papel, a PM tem “descoberto um santo, para cobrir outro”.