9 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Democracia, misoginia e racismo: Bolsonaro prepara ‘manifesto à Nação’

Intenção é que o conteúdo tenha forte tom emocional e possa ser gravado ainda no quarto do hospital

Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL, está finalizando o que vem sendo chamado de “Manifesto à Nação”, no qual pretende fazer um compromisso em defesa da democracia, responder às críticas de racismo e misoginia, e reiterar ao mercado de que trabalhará pelo ajuste fiscal.

O formato ainda está sendo definido, mas a ideia é divulgar a mensagem nas redes sociais. A intenção é que o conteúdo tenha forte tom emocional e possa ser gravado ainda no quarto do hospital, onde o candidato se recupera da facada que recebeu no dia 6 deste mês, em Juiz de Fora (MG), durante agenda de campanha

A equipe de apoiadores gostaria de divulgar o manifesto “o quanto antes”, mas Bolsonaro, que é quem dá a palavra final sobre tudo em sua campanha, ainda quer discuti-lo um pouco mais, para responder o manifesto contra ele, assinado por economistas, celebridades, empresários, advogados e demais intelectuais.

O documento está sendo elaborado a várias mãos e um dos temas centrais, de acordo com um dos auxiliares que participaram da discussão, é rebater acusações de que o capitão da reserva não tem compromisso com a democracia e que a sua chegada ao Palácio do Planalto represente um resquício de ditadura.

Embora inicialmente a ideia tenha sido inspirada na Carta aos Brasileiros, feita pelo então candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, com o objetivo de acalmar o mercado, a campanha rechaça a comparação. Diz que Bolsonaro quer somente responder aos ataques que vem recebendo.