Depois da reação do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, do Partido Democrata, e instituições diversas contra a presença de Jair Bolsonaro, em evento marcado para o dia 14 de maio, o presidente da República do Brasil cancelou sua ida aos Estados Unidos.
Ele participaria de um jantar organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA. Bolsonaro seria homenageado como “Pessoa do Ano“.
A viagem de Bolsonaro seria de 13 a 15 de maio, pois também incluiria uma passagem por Miami, também cancelada.
A homenagem ao presidente brasileiro foi marcada por polêmicas. Pelo menos 3 empresas patrocinadoras do evento retiraram seus apoios ao saber da participação de Bolsonaro.
Além disso, em 13 de abril, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, do Partido Democrata, disse que Bolsonaro não era bem-vindo à cidade. Blasio ainda o chamou de racista, homofóbico e destrutivo. “Ele é um ser humano muito perigoso”, disse.
No dia 15 de abril, o Museu Americano de História Natural de Nova York, onde inicialmente a homenagem iria ser realizada, desistiu de sediar o evento após pressão de ativistas e funcionários da instituição.
Essa seria a 2ª viagem o presidente aos Estados Unidos em menos de 5 meses de mandato.
Organizada desde 1970, a premiação de “Pessoa do Ano” acontece anualmente em jantar de gala.
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência informou que o cancelamento foi devido a “ideologização” do evento.
“Em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade”, diz a nota.
Eis a íntegra da nota:
“O Presidente da República agradece a homenagem proposta pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, ao escolhê-lo ‘Personalidade do Ano de 2019’.
Entretanto, em face da resistência e dos ataques deliberados do Prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade.
Em função disso, e consultados vários setores do governo, o Presidente Bolsonaro decidiu pelo cancelamento da ida a essa cerimônia e da agenda prevista para Miami.
Gabinete do Porta-Voz da Presidência da República.”