Radical de esquerda nos anos 80, líder máximo da União Nacional dos Estudantes (UNE), dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e, posteriormente, deputado federal por São Paulo, o alagoano Aldo Rebelo ampliou em muito sua projeção nacional durante os governos de Lula e Dilma.
Apoiado por Lula, ele chegou a ser presidente da Câmara dos Deputados, Ministro da Articulação Política e da Defesa. Com Dilma foi Ministro dos Esportes e da Ciência e Tecnologia.

No ano passado desencantou-se com o PC do B e se filiou ao PSB – Partido Socialista Brasileiro – onde demorou pouco tempo. Surpreendeu a todos mudando-se de mala e cuia para a legenda fisiológica, mais à direita, do Solidariedade.
O pensamento era ser candidato a presidente da República. Mas, integrante do chamado “centrão”, o novo partido de Rebelo aliou-se ao candidato tucano Geraldo Alckmin.
Resultado: O Solidariedade força a barra para que Aldo Rebelo seja o candidato a vice na chapa do PSDB. Os tucanos topam e já iniciaram conversas nesse sentido. Ao mesmo tempo, o ex-comunista também se movimenta para convencer seus novos colegas do centrão de que o seu nome é o melhor para a composição da chapa social democrata, com fluidez ao liberalismo exacerbado.
O curioso é que seguindo o espírito que caracteriza o nosso tempo, cabe bem uma pergunta para o pragmático Aldo Rebelo?
Estaria ele vivendo uma era de mudanças ou realmente mudando de era?