Um parlamentar federal foi citado em delação premiada pelo assassino de Marielle Franco, o ex-PM Ronnie Lessa, que revelou detalhes do caso à Polícia Federal, em delação premiada.
A informação surgiu na mídia nacional após a coletiva à imprensa do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Ele no Palácio da Justiça, nesta terça-feira,19, que brevemente deverá ser solucionado todo o caso do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.
Ele anunciou que a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado dos assassinatos em 2018, foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o que remete o caso para a condição do fórum privilegiado do suposto mandante.
“Em breve teremos os resultados daquilo que foi apurado pela Polícia Federal que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação. O trabalho da PF contou com a participação do Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual”, afirmou o ministro da Justiça.
Outra linha a ser esclarecida é que no ano passado, Lessa teria apontado o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE) Domingos Inácio Brazão como o autor intelectual dos assassinatos, segundo o site The Intercept Brasil. Mas, de acordo com o site Metrópoles, o nome citado por Ronnie Lessa seria o do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ).
Brandão bolsonarista
Em 2022, Chiquinho Brazão foi aliado de primeira hora e fez campanha para Jair Bolsonaro, de quem recebeu diversas benesses durante o primeiro mandato do ex-presidente, derrotado por Lula.
Em suas redes sociais, Chiquinho compartilhou diversos vídeos em outubro de 2022 fazendo campanha para Jair Bolsonaro, inclusive ao lado do senador e filho do ex-presidente Flávio Bolsonaro.
Marielle e Anderson foram assassinados dentro do carro, no Rio de Janeiro, há seis anos.