Enfim, o Ministério Público decidiu apurar as mortes de dois adolescentes, ocorridas em 25 de março, no conjunto Village Campestre. A polícia disse em alto e bom som que os mesmos foram mortos “em confronto”.
A questão é que a família denuncia que eles foram assassinados a sangue frio. E diz mais: eles eram doentes mentais, que recebiam atendimento na entidade especializada chamada Pestalozzi.
Os jovens eram irmãos. Josenildo Ferreira Aleixo, de 16 anos, e Josivaldo Ferreira Aleixo, de 18. A família procurou a polícia para denunciar o fato, mas pouco amparo teve lá .
Na tarde desta quarta-feira, 30, os familiares deles estiveram no Ministério Público e, corajosamente, formalizaram a denúncia em busca de justiça, quando em voga no País permeia a cultura do justiçamento. A família quer que o MPE investigue e constate que as suas informações são verdadeiras.
O que foi denunciado é grave. É preciso ser apurado. Se comprovado como fato é dever do Estado reparar seu erro.
O promotor Flávio Costa vai conduzir as oitivas de familiares e amigos dos jovens, como já fez outras tantas vezes em casos semelhantes. Disse ele que a família não reclama de nenhuma pressão e também não citou nenhum pedido de segurança, agora o que eles querem é justiça e que este caso não fique na impunidade.
Conseg – Na mesma quarta-feira, quando o promotor acolheu a denúncia da família, à noite, o Conselho Estadual de Segurança (Conseg) decidiu afastar os policiais envolvidos no “confronto” do Village Campestre e abriu processo para apurar o caso.
Enfim, já era tempo de alguém confrontar tantos confrontos.