13 de novembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Fátima Almeida

E se as armas dos criminosos fossem utilizadas no combate ao crime?

Por que instrumentos usados a serviço de ações criminosas não são revertidos a favor do combate ao crime?

Mais de 300 armas de fogo foram entregues, esta semana, ao Exército, pela Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça de Alagoas, para serem destruídas. São armas de grosso calibre, entre elas submetralhadoras, que estavam a serviço do crime, foram apreendidas em operações policiais e encaminhadas ao Judiciário, como peça de processos criminais, e acabam incineradas para evitar que voltem às mãos do crime.

Esse é o destino final. Assim como as armas, carros de luxo – bem mais potentes do que os usados pelas polícias – apreendidos a serviço do crime, também são destruídos – pela ação do tempo – nos pátios das delegacias, postos polícias e depósitos da Justiça. Apodrecem; viram sucata.

Enquanto isso, temos policiais sem armas, delegacias sem viaturas e guarnições comendo poeira, em viaturas sucateadas e de motor impotente, perseguindo bandidos que andam de Hilux.

Por que será que já não existem leis que assegurem ao Estado a prerrogativa de reverter armas e veículos usados em ações criminosas, em instrumentos de combate ao crime? Uma vez concluídos os processos e condenados os criminosos, ao invés da destruição por incineração ou pela corrosão do tempo, veículos e armas apreendidos, que estivessem em perfeitas condições de uso, seriam devidamente legalizados para uso exclusivo das instituições de combate ao crime.

Por que não?