O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho 03 que sabe fazer hambúrguer e quer ser embaixador nos EUA, publicou uma informação mentirosa sobre a ativista climática sueca Greta Thunberg, responsável por um dos discursos mais contundentes na reunião do clima da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta semana.
Segundo a postagem do deputado no Twitter na noite de ontem (25), Greta seria financiada pelo bilionário húngaro-americano George Soros. A foto postada não é a original. Trata-se de uma montagem. É tudo muito frustrante. Fica apenas o apelo: parem de mentir!
“Vocês roubaram minha infância…” disse a garota financiada pela Open Society de George Soros. pic.twitter.com/5CzPDMd38O
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) September 26, 2019
Quem ainda consegue defender uma imbecilidade dessas, vai dizer: ah, mas ele sabe ser montagem:
E alguém não percebeu isso?
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) September 26, 2019
E assim se propaga uma fake news: o que não tem de desavisado imbecil propagando isso…
Uma verdade rápida sobre Eduardo Bolsonaro:
O filho do presidente já foi denunciado na PGR, em abril do ano passado, após ameaçar a ex-namorada, Patrícia Lélis:
(Eduardo) — Sua otária! Quem você pensa que é? Tá se achando demais. Se você falar mais alguma coisa eu acabo com a sua vida.
(Patrícia) — Isso é uma ameaça?
(Eduardo) — Entenda como quiser. Depois reclama que apanhou (sic). Você merece mesmo. Abusada. Tinha que ter apanhado mais pra aprender a ficar calada. Mais uma palavra e eu acabo com você! Acabo mais ainda com sua vida.
(Patrícia) — Eu estou gravando.
(Eduardo) — Foda-se. Ninguém vai acreditar em você. Nunca acreditaram. Somos fortes. Vai para o inferno, puta. Você vai se arrepender de ter nascido. O aviso está dado… mais uma palavra e eu pessoalmente vou atrás de você.
(Patrícia) — Tchau.
(Eduardo) — Vagabunda
(Patrícia) — Resolvemos na justiça. É a melhor forma
(Eduardo) — Enfia a justiça no cú
No pedido para que a denúncia fosse aceita, Raquel Dodge diz aos ministros que Eduardo Bolsonaro “era plenamente capaz à época dos fatos, tinha consciência da ilicitude e dele exigia-se conduta diversa”.
“Relevante destacar que o denunciado teve a preocupação em não deixar rastro das ameaças dirigidas à vítima alterando a configuração padrão do aplicativo Telegram para que as mensagens fossem automaticamente destruídas após 5 (cinco) segundos depois de enviadas. Não fossem os prints extraídos pela vítima, não haveria rastros da materialidade do crime de ameaça por ele praticado”, observou.
Para a procuradora, Eduardo Bolsonaro tentou desmoralizar Patrícia com agressões verbais: “A conduta ainda é especialmente valorada em razão de o acusado atribuir ofensas pessoais à vítima no intuito de desmoralizá-la, desqualificá-la e intimida-la (‘otária’, ‘abusada’, ‘vai para o inferno’, ‘puta’ e ‘vagabunda’).”