Quando o mercado reage ao IOF – Imposto de Operações Financeiras – proposto pelo Ministério da Fazenda, esquece, inclusive, que já leva dos cofres da União mais de R$ 800 bilhões de incentivos, benefícios e subsídios bancados pelo governo federal.
No rol dos beneficiados, estão os investidores financeiros, apostadores das bolsas de valores, industriais, empresários do agronegócios, além dos ricos e endinheirados senhores e senhoras da Farias Lima.
Neste caso, se o governo pensar ou se atrever a reduzir um centavo que seja desses recursos, que saem dos cofres públicos para as bandejas desses setores do mercado, certamente não amanhecerá no dia seguinte.
A questão é que a política do “venha a nós” é própria das elites nacionais, que, inclusive, controlam os senhores normais e as “bestas feras” do Congresso Nacional. Uma gente subsidiada também, a partir daí.
Agora imagine o que acontecerá se o ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, voltar a impor sanções à mamata das emendas impositivas dos parlamentares brasileiros, que somam mais de R$ 50 bilhões?
Há uma encruzilhada espinhosa para o governo atravessar, ou até mesmo ficar no meio do caminho, tal como a presidente Dilma, vítima desses interesses milionários dos setores abastados de um País que, historicamente, desde os senhores feudais, privilegia os ricos para que mantenham seus cofres bem abastados.
E agora muito mais, quando a maioria desses setores sonha com o muro alto, que separe de vez os afortunados e os “pés rapados” do País.
Exatamente como hoje difunde o norte-americano, Donald Trump, guru de toda essa clientela.