Sábado de Zé Pereira, 06 de feverereiro o carnaval já está a todo vapor pelas capitais brasileiras. Menos em Maceió. Há mais de uma década o poder público renunciou a realização do carnaval na cidade para atender aos interesses do trade turístico.

Enquanto as demais cidades brasileiras investem na folia de momo, cujo retorno econômico é certo e garantido, por que movimenta a economia formal e informal, na capital alagoana a movimentação se dá apenas de acordo com os interesses do setor hoteleiro.
O trade impôs aos gestores públicos a filosofia de que Maceió é melhor sem carnaval. Maceió foi em outras épocas uma cidade animada nessa época com a festa fazendo os gostos de todas as camadas sociais. Desde os bailes do Clube Fênix, onde a elite a se reunia, até o carnaval popular da praça Moleque Namorador, passando pelos blocos tradiconais, como Sai da Frente, Cara Dura, entre outros. Atualmente, restam as prévias de Jaraguá e o dia seguinte com o desfile do Pinto da Madrugada e Pecinhas de Maceió. As prévias acontecem uma semana antes do chamado “tríduo momesco”.

Hoje, nada se faz. O trade não deixa. Manda e a Prefeitura da cidade obedece. Nas ruas, um deserto. Vende-se para os turistas que a cidade não tem carnaval e por isso é o melhor do mundo para o descanso. Hoje, depois que enterraram a frevança, isso é real.
Origem do carnaval -A festa é milenar e, segundo consta, trata-se de uma herança de várias comemorações realizadas na Antiguidade por povos como os egípcios, hebreus, gregos e romanos. Esses festejos pagãos serviam para celebrar grandes colheitas e principalmente louvar divindades. Sabe-se que as mais importantes festas ancestrais do Carnaval foram as “saturnais”, realizadas na Roma antiga em exaltação a Saturno, deus da agricultura.