6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Emprego: as habilidades que o mercado de trabalho exige para contratação

As competências socioemocionais se tornaram as queridinhas dos recrutadores nas empresas

 Uma pesquisa nacional do Senai revela que o mercado corporativo moderno procura pessoas com para vagas em empregos com habilidade para o trabalho em equipe, gestão de tempo e relacionamento interpessoal.
Essas habilidades citadas, de acordo com a pesquisa não se aprendem, necessariamente, em sala de aula mas podem ser debatidas nas instituições de ensino.

A pesquisa questiona  a seguinte situação: em uma reunião de trabalho, alguém discorda de você de modo acalorado. Você saberia lidar com esse cenário sem perder as estribeiras?

A resposta de especialistas foi que quem conseguir manter o equilíbrio nesse tipo de ocorrência está entre as capacidades mais procuradas por empregadores nos trabalhadores.

No contexto da resposta há o arrazoado de que isso não significa agir de modo frio, sem sentimentos, muito pelo contrário: quer dizer ter maturidade emocional, social e psicológica, sabendo lidar com as próprias emoções e respeitando os outros.

Empatia, proatividade, curiosidade, trabalho em equipe e relacionamento interpessoal entram para o rol das competências socioemocionais, que se tornaram as queridinhas dos recrutadores nos dias de hoje. São atributos que não dá para passar a ter estudando ou lendo teorias. A boa notícia é que esse tipo de habilidade não se adquire apenas como traço de personalidade ou a partir da criação familiar, é possível desenvolver e melhorar sempre, a partir da vivência e da força de vontade.

As competências em evidência

“Essas são competências que estão em evidência. As pessoas têm que saber se relacionar. Mesmo no mundo virtual, a interação está muito presente. O bom profissional tem que saber usar a inteligência emocional. Todo mundo tem opinião e eu posso discordar dos outros, mas tenho que ter argumentos e saber ouvir”, explica a professora de gestão de pessoas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ligia Molina.

Segundo a psicóloga e mestre em psicologia Adriane Reis, as pessoas que dominaram essas competências têm mais chances de se dar bem no mercado de trabalho. “Claro, isso é positivo para o trabalhador também, que passa a saber lidar com o que sente, conseguindo mais satisfação e prazer no emprego”, destaca.

Os dados relatados indicam que o mundo vai virar robô e que o profissional do futuro que pretende garantir a empregabilidade daqui para a frente precisa passar a se preocupar em assumir as responsabilidades de buscar melhorar o relacionamento humano, respeitando as diferenças inerentes.

Ou seja, está em alta o fato de que o ser humano está sentindo falta de sensibilidade, todo mundo está muito ansioso, então esse conhecimento socioemocional se torna ainda mais importante.

No entanto, diz ainda que a motivação do mercado para a contratação é o currículo, mas que 90% dos casos dos desligamentos dos empregados se devem ao comportamento. Neste caso, a recomendação é que cada um busque o autoconhecimento, considerando que ninguém é bom em tudo e, portanto, é fundamental que o interessado conheça bem suas forças e fraquezas.