Faça chuva ou faça sol, rolem as pedras ou desabem pontes, morram homens, mulheres e crianças, em tragédia climática ou qualquer outra, mas uma coisa no País não muda. Exatamente o lucro fácil dos brasileiros ricos.
Que o diga o Itaú Unibanco, após o registro do resultado recorrente de R$ 9,8 bilhões de lucro no primeiro trimestre de 2024. O resultado representa uma alta de 15,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Bem que parte desse lucro poderia ser destinado para atenuar o drama das vítimas da tragédia do Rio Grande Sul. Mas, qual o quê?
Que chorem e morram no flagelo as vítimas das tragédias nacionais, como os gaúchos de hoje e os nordestinos de ontem. Que morram nas ruas e calçadas os sem tetos, drogaditos, entre outros abandonados, que perambulam pelas esquinas São Paulo ou de Coité do Noya, nas Alagoas. Para eles, os senhores do lucro, pouco importa.
O que importa é no trimestre seguinte aumentar ainda mais esse lucro, para o feliz rateio dos dividendos dos senhores do mercado. Eles que, via de regra, vivem a se deliciar com os tragos dos seus Cohibas, em meio à névoa da fumaça poluente.
E com eles fazem coro os negacionistas das políticas públicas e os defensores do mundo paralelo anti-humanista, bem como do terraplanismo, alicerçado pela discriminação, preconceito e a total falta de solidariedade com que mais precisa.
E assim vagueia a desumanidade.