O grupo de 80 empresários, políticos e famílias em um apartamento de luxo no bairro Gutierrez, região Oeste de Belo Horizonte, que pagaram para furar fila da vacinação foram recomendados a fazer um teste de HIV.
Não só a vacina era falsa (investigações apontam que seria soro), e não só a pessoa que as aplicou não é uma enfermeira, essa mesma mulher mora com uma pessoa portadora de HIV. E várias seringas foram encontradas em sua casa.
A PF seringas usadas na casa da mulher, durante busca e apreensão, e investiga se elas foram reutilizadas durante a falsa vacinação. De qualquer forma, os advogados dos vacinados foram avisados sobre isso e foi pedido que eles testem para a doença.
A informação foi dada no programa “Papo de Política” da Globo News nesta quinta-feira (8).
Contamos no #papodepolitica que a polícia encontrou seringas usadas na casa da falsa enfermeira. E alertou os advogados das pessoas que receberam a falsa vacina que as seringas usadas podem ter sido reutilizadas https://t.co/boTtJYsZVB
— Natuza Nery (@NatuzaNery) April 9, 2021
Falsa enfermeira
Segundo as investigações da PF, Cláudia Mônica Pinheiro Torres, que é cuidadora de idosos, vacinou cerca de 80 pessoas desde o início de março.
A história foi descoberta depois de um vídeo que mostrou a mulher supostamente aplicando os imunizantes em uma garagem da empresa de ônibus Saritur em empresários e políticos.
Ela estaria aplicando as supostas vacinas desde o dia 3 de março e teria atuado também com famílias de um edifício de luxo do bairro Gutierrez.
Um empresário que tem um haras e ligado a um dos controladores da Saritur é um dos que recebeu a suposta imunização. A suspeita é que ela tenha aplicado soro fisiológico nas pessoas, já que havia várias ampolas desse líquido na casa dela.
As apurações da Polícia Civil ainda estão em andamento. A PF vai pedir exames laboratoriais das pessoas vacinas para descobrir o que foi aplicado no corpo delas.