2 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Policia

Game Over: Casal de influenciadores do “Tigrinho” é preso em Marechal Deodoro

Já foram apreendidos carros de luxo, carro de passeio, uma lancha, celulares, dinheiro e passaporte de influenciadores alagoanos e de seus assessores

Foi preso na manhã desta terça (25) um casal de influenciadores em Marechal Deodoro, Litoral Sul de Alagoas. Eles estavam em casa, num condomínio de luxo, quando a Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão, expedidos pela 17ª Vara Criminal de Maceió.

A prisão ainda vai ser comunicada ao Poder Judiciário e os presos serão submetidos à audiência de custódia, para depois serem encaminhados ao sistema prisional.

A prisão faz parte da Operação Game Over, que desde a segunda-feira passada (17), já apreendeu carros, lancha e outros bens de influenciadores em Maceió, que são suspeitos de promover o jogo de azar, conhecido como “Jogo do Tigrinho”.

“É uma prática disseminada hoje no Brasil e que muitos influenciadores alagoanos estavam cometendo o crime de estelionato, ao incentivar seus seguidores a praticar esse jogo que tem trazido uma verdadeira ruína nas finanças das pessoas”. Delegado Lucimério Campos, da Delegacia de Estelionato.

Tigrinho

Na ação de segunda, foram apreendidos carros de luxo, carro de passeio, uma lancha, celulares, dinheiro e passaporte de influenciadores alagoanos e de seus assessores.

Os mandados foram cumpridos nos bairros do Poço, Serraria, Jatiúca, Ouro Preto, Pajuçara e na cidade de Marechal Deodoro. Ao todo, 12 foram alvos da operação e 40 estão sendo investigados pelo crime de estelionato.

Doze veículos foram alvos da operação, mas apenas seis foram apreendidos. Carros de luxo foram ocultados pelos investigados, que tiveram informações sobre a operação. Apenas um deles, avaliado em R$ 1 milhão, foi encontrado. O valor total da apreensão apenas de veículos é de R$ 8 milhões.

“Começamos a perceber o potencial ilícito na prática desses jogos. Com o avançar da investigação, a gente viu que tinha um público próprio, que ostentava patrimônios luxuosos e não encontramos pessoas que ganhavam realizando esses jogos. Uma senhora teve todo o patrimônio dilapidado, porque se desfez da casa avaliada em R$ 400 por R$ 200 mil para pagar dívidas do neto. Percebemos que havia um grupo orquestrado para praticar esse tipo de crime. O jogo do tigrinho tem um aparato por trás, tem quem vai atrás do influenciador, a plataforma, os ganhos irreais dos influenciadores, para o jogo alcançar um número maior de pessoas e faturar mais”. Lucimério Campos.

Foram oito meses de investigação, com a Polícia Civil sendo apoiada por outros órgãos, cumprindi a decisão da 17ª Vara Criminal.