8 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

GLO: Militares a inspecionarem bagagens de passageiros e portos e aeroportos

A inspeção em portos e aeroportos começa a partir desta segunda-feira

Passageiros vão ter malas inspecionadas por militares a partir de hoje

A operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada em três portos e dois aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, iniciada nesta segunda-feira, 6, autoriza os militares a inspecionarem aeronaves, passageiros e bagagens nos aeroportos, portos e embarcações nos dois Estados.

De acordo com o decreto, o será feito em conjunto com agentes da Polícia Federal e da Receita Federal, que já atuam na repressão ao tráfico de drogas e armas nesses estabelecimentos.

Nos terminais portuários, de onde toneladas de droga são embarcadas a outros países, os militares devem reforçar as equipes que revistam diariamente as cargas. Não há agentes da Receita nem da PF suficientes para verificar todos os contêineres considerados suspeitos pelos operadores de scanner.

A Marinha mobilizará 1.100 homens do 1º e 8º Distrito Naval, que se situam no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente. A GLO se restringirá aos portos do Rio de Janeiro, Itaguaí (RJ) e Santos (SP), mas a Marinha também intensificará o patrulhamento nas Baías de Guanabara (RJ), Sepetiba (RJ) e Lago Itaipu (RJ), onde a PF não tem prerrogativa para atuar. Isso envolve a interceptação e revista de barcos que transitam no local.

Nos aeroportos, haverá um reforço dos militares na fiscalização de cargas e bagagens que entram nos aviões. A Aeronáutica mobilizou 600 homens para atuar nos aeroportos internacionais do Galeão (RJ) e Guarulhos (SP) – os aeroportos de Jacarepaguá, Cabo Frio e Campos ficaram de fora da GLO.

— Nós temos poder de polícia tanto na área de manobra de aeronaves, como na movimentação de bagagem e carga como no saguão como operação policial ostensiva — disse o comandante da Aeronáutica, tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, durante coletiva na última quarta-feira. — É necessário o decreto de GLO que possibilite o ‘emprego de tropa’ — acrescentou o comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen.